Testo di 'Corpo Fechado' di Jão Luis

Te conheci, fiquei afim, troquei ideia, me convenci
Que aí tem desafio e eu gosto
Diz que é durona, coração blindado
Esse tipo, vai vendo

Disse pra mim que eu não sou o que sonhou
Até as flores ela negou, diz que não passo de um pseudo cantor
Mas cê não me engana, finge ser mais fria que uma capricorniana
Sei que não

Disse também que tá cansada de conhecer caras babacas
E que não fica mais encantada por ninguém não
Entendo o caso. Corpo fechado não leva atraso
Mas fica fadado à solidão

Por isso, gata, respire fundo vou te apresentar o meu mundo
Eu não tenho grana nem rumo, mas tenho muita ambição
De ficar rico, não dinheiro, só quero ostentar seus beijos
Gata, esse é meu anseio, então

Se entrega mulher, que tal um rolé
Se quer cafuné, eu dou
Se quer madrugada
Quer brincar pelada
Se joga, não para
Eu me amarro em você

Caralho, nem lembro o que pensei
Quando te vi sair do mar, nunca mais entrei
Me desculpe, Yemanjá, amanhã talvez
Mas hoje a onda que eu vou dropar tá vindo em minha frente

Eu sei, tá muito cedo pra imaginar
Que ela vai dar tanta bola
Mas e se eu chegar no sapatinho
Daquele jeito, sadio
E ela for conivente, é claro
Não vou ser inconveniente, otário
Uma gata assim em minha frente é raro
Não vou vacilar, não vou sufocar

Quase cansei de tanto falar, de argumentar que eu viajo nela
E, só pra me contrariar, ela respondeu só: “muito obrigada”
Carai, mulher, tu tá difícil, mas como te falei lá no início
Se tu fosse fácil nada faria sentido
Talvez essa letra aqui nunca tivesse existido

Se entrega mulher, que tal um rolé
Se quer cafuné, eu dou
Se quer madrugada
Quer brincar pelada
Se joga, não para
Eu me amarro em você