Testo di 'Virtudes da Minha Mulher' di João Marcos Kelbouscas

Larga a oreia', meu amor, monta a cavalo
Deixa no más que veiaqueie' e até se perca
Bota os cachorro', meu amor, tapa de grito
Mete o cavalo se acaso se for a cerca

Minha muié' véia' pega junto no serviço
De tudo um pouco, sempre junto me ajudando
Quando eu madrugo, ela tá de fogo aceso
Cambona e cuia e mate pronto me esperando
Quando eu madrugo, ela tá de fogo aceso
Cambona e cuia e mate pronto me esperando

Junto os cavalo' enquanto ela tira leite
Quando embuçalo' já ta pronto meu café
Vai dando bóia' pras galinha' e pros cachorro'
Lida de campo, ela sabe bem como é

Campereando, vi um boi que tava bichado
Seguia as mosca', me falhou a benzedura
E ela armou o laço e pealou de toda trança
E ainda me disse: Agora, tu te apeia e cura!
Ela armou o laço e pealou de toda trança
E ainda me disse: Agora, tu te apeia e cura!

Ainda me lembro uma vaca que atropelava
Quem, na mangueira, resolvesse entrar a pé
E se amansou com uma paulada atrás da oreia'
O dia que ela carregou na minha muié'

Deixou das doma' só porque eu pedi pra ela
Tinha receio que um potro lhe machucasse
Mas era das que, quando um bagual veiaqueava'
Até abanava pra alguém que cumprimentasse
Mas era das que, quando um bagual veiaqueava'
Até abanava pra alguém que cumprimentasse

Eu paro aqui, não vou fazer mais propaganda
Pois meu casório tá dando louco de certo
E, quando a gente elogia demais a coisa
Sempre aparece alguém pra conferir de perto

Mas não vá pensando que essa minha mulher é um caco
Que, pra ser assim, anda abraçada c'o a feiura
Rosto de anjo, encontro e anca redonda
E um palmo e pouco, quando muito, de cintura
Rosto de anjo, encontro e anca redonda
E um palmo e pouco, quando muito, de cintura