Testo di 'Epidemia Sem Cura' di Retrato Radical

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Epidemia sem cura
Rap Nacional
Formação de quadrilha
Retrato Radical
Oratória é agressiva com atitude
Aqui assume um prisioneiro da rima
Mando um som de responsa para os manos
Milianos na ideia segura o trampo
Do Embaúba para o cu do mundo
De maluco pra maluco o elo é forte
Réu confesso me entrego nessa prisão
Sem condicional autuado em flagrante
Traficando a rima dessa ninguém me tira
Ai Canela traz a fita, trilha sonora
Sem tremer nas bases passa o passe
R2 2000 na estrada primeira fase
Nada consta filha da puta, qual é a bronca?
Meu estilo marginal não é da sua conta
De ponta a ponta o rap vai crescendo
Sem tomar conhecimento tem seu espaço
Volume no talo som pesado
Puta que pariu mais um mano é enquadrado
A placa do veículo é anotada
Notificada pelo rádio na Central de Furtos
AI maluco é som de vagabundo
O lado sujo que ninguém ouviu
Poluição sonora 24 horas
Rotularam a mídia conservadora
Eu quero mais é se foda
O rolo compressor vai passar por cima
Do anonimato, para tremer o barraco
A casa vai cair vai virar uma zona
Saiam debaixo da artilharia
A ofensiva é Retrato, a maioria
QG periferia Vista Alegre 3
Sitiada Embaúba resistência pura, aqui é Radical
Um filho da puta na contramão necessária
Lá vai porrada por todos os meios de aviso
Originário ativista a qualquer preço
Pelos meus parceiros me identifico
(Sou cara limpa to ligado com rapper não, otário)

Epidemia sem cura
Rap Nacional
Formação de quadrilha
Retrato Radical

Bomba atômica o crack destinatário
Os malucos noiados lá da esquina
Exclusivo Nova Cintra Bike Avião
Com a magrela sem freio na João XXIII
Sem avisar ai parceiro fudeu ladrão
O elemento surpresa aqui não recua
Atua com firmeza segura a treta
O bicho solta tá na área, alta descarga
O profeta tem a raiva o pavio é curto
Explode a revolta fudeu maluco
Em questão de segundo um novato no crime
Com uma 12 cano curto a cena é triste
Do calabouço a mente jamais se entrega
Mas o crack venceu a favela
Nos becos e vielas o mesmo filme
O barril explodiu, quem sobrevive?
Belo Horizonte caiu de joelho
A playboyzada não tem mais sossego
Nos lugares mais nobres da cidade
A epidêmica violência chegou
Enfia no rabo seu carro importado
Seu condomínio fechado é a sua prisão
Tá embaçado são 500 anos
O que restou dessa porra para o meu povo?
Ninguém me explica, me enrolaram na cartilha
A professora tá por fora ai cuzona sai fora
O bê-á-bá dessa história foi foda
Seu diploma não modifica minha lógica
Meu cabelo é duro minha pele é escura
Pedir perdão é muito fácil igreja filha da puta
Vai se fuder sua maldita estrutura
O rap é o caos, segura, segura

Epidemia sem cura
Rap Nacional
Formação de quadrilha
Retrato Radical

Há quem me diga na gíria da malandragem
Esses manos são foda não vão perder viagem
Rima que não para, Canela Fina
Ice Man, Preta Se, duas pampas
RD completa a banca de filha da puta
Na estrada é nós então se liga
Alta negatividade maus fluídos
O doidão esquecido no barraco de zinco
Me identifico, ai bandido
Desocupa a casa só vai ficar maluco
Pela rima que faço tenho registro
O de papel principal nesse filme real
São milhões de famintos pelo mundo afora
Sem esse papo nojento de globalização da economia, não me iludo
Daqui a um segundo uma criança estará no chão
Abatida pelo cansaço olhos ressecados
Daqui pra frente nada é diferente
O mesmo preconceito contra a nossa gente
Faz de mim assim um preto revolucionário
Eu vim de lá do morro porque do morro não tem vez
Porque de vez avisa lá nervoso
A balada é de louco com lucidez
Talvez assim me acalmo quando subo no palco
A minha alma cheira ódio pelo sistema
Seguidores da rima reação em cadeia efeito dominó
De favela em favela o bagulho é forte abre o malote
Na bagagem meu som não dá IBOPE
(Por isso maluco preste atenção no que falo)

Epidemia sem cura
Rap Nacional
Formação de quadrilha
Retrato Radical

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