Deixa eles desmerecer
Que a vitória vai chegar
E a cicatriz que eu carrego comigo
É um troféu que eles nunca vão poder comprar
Então deixa eles desmerecer
Deixa esses boys vão falar
E a cicatriz que eu carrego comigo
É um troféu que eles nunca vão poder comprar
Ó Senhor, eu reconheço, eu sou falho
Mas pode pá que eu sou moleque bom
De chinelo na quebrada
Aproveitei pra ora com o pé no chão
Lágrima caiu do olho
Quando eu fui lembrando da [?]
O tempo passa e na base do soco
O mundo esculpe o meu coração
Quando menor, eu era bom
Mas se pá que o sorriso foi com o vento
Joga o moleque e pureza numa piscina
De ódio, inveja e dissolvendo
Tipo abrir a geladeira e não ter
Fecha o coração pra não sentir
Senão outra lágrima vai ter que escorrer
Quebra a cara, o moleque da roupa rasgada
Quase lançando uma nave sem plaquê
Pra confirmar que o mundo girou
Vou deixar estacionada no pé da quebrada
É que meu futuro cala o sofrimento
O meu passado é tipo uma ferida de cota
Que ainda não está com o sangramento
Várias fotos e uns arrependimentos
Várias noites encaram um pensamento
Arrepia a lembrar do dia
Que eu tava pedindo e se pá que hoje eu tenho
Hoje eu posso, tudo nosso
Mas não é simplesmente ganhar
Eu era mais um branco de papel
Mas um dos únicos a enfrentar o mar
Deixa eles desmerecer
Que a vitória vai chegar
E a cicatriz que eu carrego comigo
É um troféu que eles nunca vão poder comprar
Então, deixa eles desmerecer
Deixa esses boys vão falar
E a cicatriz que eu carrego comigo
É um troféu que eles nunca vão poder comprar
O sentimento é ódio
O meu peito transborda só ódio
Eu mesmo que cresci no destroço
Pero eu era agito e não é vilão
Só [?] no pó da paulada no olho é foda
De menazona a boca vem de droga
Só decepção desgostei minha senhora
A partir da infância passei na puta
Hoje nossa Camila nunca leva a vida de artista
Joga a puta na garupa
Faz a [?] na mídia
Faz a boa pra família
Minha senhora
Mora mais no barco da favela
Não limpa mais privada de boy
Nem deposita fé na telessena
Meu pai saiu da rua, virou boy
Direito pó, joguei na fazenda
Só tô fazendo a minha
Tô fazendo a minha conta
Na loja contei moedinha
No funk na conta em dólar
Terror da panelinha
Deus escreveu minha história
Na loja contei moedinha
No funk na conta em dólar
Terror da panelinha
Deus escreveu minha história
Deixa eles desmerecer
Que a vitória vai chegar
E a cicatriz que eu carrego comigo
É um troféu que eles nunca vão poder comprar
Então, deixa eles desmerecer
Deixa esses boys vão falar
E a cicatriz que eu carrego comigo
É um troféu que eles nunca vão poder comprar
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