Testo di 'Fado de Bandarra' di Thiago Amud

Esquadra abandonada
Solidão de velas pandas
Vento
Légua de mágoa
Lua velha
Mal de Luanda
Torvelinho de mil algas assombrando a flor das águas
E a mão do destino incerto
Lavrando-me em suas tábuas
Portugal no vão do peito
Desconcerto de guitarra
Mar que separa

Mensagem, madrugada
Continente adivinhado
Vento
Rota de saga
Lua nova
Mastro sagrado
Preces fundas, brancas vagas espumando o não das pragas
E o coração do encoberto
Calando-me a mesma fábula
Quinto Império, chão eleito
Vaticínio de Bandarra
Mar que prepara

Miragem prateada
Timbre verde na bandeira
Vento
Orla de brilho
Lua plena
Céu de Vieira
Reis de etérea dinastia dilatando a fé no exílio
E o ventre do mundo aberto
Trazendo-me o novo filho
Hora vasta, tempo feito
Sol quebrando agora a barra
Mar que depara

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