Testo di 'Municídio' di MC Villa

Brasil
Meu Brasil brasileiro
Já foi melhor escudeiro
Vou cantar para as nações

Brasil marcado nas costas
Infiel ao presidente
Com tanta proposta errada
Difícil seguir sorridente

Num Brasil que tanto mata
Polícia como traficante
Dificil escolher a paz
Enquanto a guerrra é constante

Essa é a vadia da zona da mata, agora lhe apresento
Onde a polícia caça os maconheiro e solta os detento
E a nossa manifestação é fazer dedo pras câmeras
Enquanto os bandido real tão tudo dentro da câmara

Eu ando procurando uma razão
Pra esse povo ser tão burro e falhar sempre seguro na votação
E entre uns menos mal ainda vota no próprio cão
Um nada, um saco de pancada pra população

Então volta pra sua cidade, teu povo te espera
Pronto pra te enfiar de terno debaixo da terra
Cadê aquela revolta que eu tava vendo em geral
Tô começando a achar que morreu junto com o carnaval

Falando em carnaval, não é o que paga suas contas
Vários morrem no hospital, e ceis curtindo a onda
Será que o povo aqui ainda tem alguma noção
Nessa cidade falida beirando a destruição

Assassinato em um beco qualquer do santonofre
E eu marolando um pão na padaria do onofre
E não tão longe da cidade arrombam mais um cofre
O prejuízo nem é nosso, só os bancos que se...

É muito tempo lutando pelos motivos errados
Pelos parentes frustrados, e nada que construímos
Tudo cada vez mais caro, sem dinhero, sem cascalho e geral torrando em pizzaria chique no Domingo

Diversos crimes às escuras nos bairros mais pobres
Polícia 24 horas nessas ruas nobres
E se tem um erro político o dinheiro cobre
A lama lava nossas ruas quase sempre quando chove

A máfia cresce, e vocês vão dizer que eu tô maluco
Só tu não vê o bando de doutor unindo os lucros
Roubando o povo, facada pelas costas denovo
A gente sofre, sofre e não vira esse jogo

Meu povo nunca acorda, o olho deles só engorda
Já tá na hora de mandar o palitó pra corda
Uma certeza eu tenho, eu não fico pra trás
Se eles nunca fez a gente invade a prefeitura e faz

Eu tô puto
Mas com esse governo quem não estaria?
Queria um Brasil melhor, claro, quem não gostaria?

Vim aqui cheio de ódio falar umas verdades
Sem lixeira, nas ruas da minha cidade
Bueiro entupido, choveu, ouve aqui minha prefeita
Essa porra é rua? Virou cachoeira

Nessa hora todo mundo ora
Só pra lembrar que, anjo também chora
Como os negros que viviam na senzala sendo chicoteados
E você acha que a escravidão acabou?
Tá enganado, apenas começou

E eu não paro de falar verdade
Se eu estiver vivo amanhã pode saber que é milagre
E vocês podem me chamar de tudo
Só não podem me chamar de covarde

Porque as bijuterias só servem pra quem tá vivo
Porque o caráter e o saber, se eu morrer levo comigo