Testo di 'Confesso (part. Don Nuno)' di Tilhon

Confesso: Nem tudo vem por bem nesta vida
Como ela sorri como ela magoa
Ao som da batucada com a firma na via
Faço da vida um boda

Eu confesso que tropeço em ideias que fazem verso
A chave do sucesso nunca foi o pé de cabra do bandido
Desculpa mamma, quando te tirei o mundo da palma
Tavas lá de corpo e alma e eu nem tava lá de ouvidos

O tempo passa tudo na vida muda
Basta estar vivo para que morrer seja a mudança
Só na desgraça pedes a Deus ajuda
E olha que a inveja é a nossa eterna vizinhança

Há que despir o preconceito tornar defeito virtude
Porque todos viemos à selva ready pra mandar nudes
Quantos parados no block viraram médicos no hood
Conhecidos por tratar a muita gente da saúde

Escondido o ganha pão entre a meia e a calina
Mais um fella pelas ruas que o crime lá vitima
Há sempre um que vive à custa de quem fuma até à cartolina
Mas ala quando responsa aproxima

Sem dó muitas vezes lambi o choro
Lágrimas eram o soro para aguentar noites na prega
Desenrolei o nó fiz da goela um tesouro
Porque hoje em dia fios de ouro estou a ver que virou regra

Porque eu confesso
Que com fé só aqui já não basta
Hoje não peço primeiro meço
Porque a inveja é vasta

Porque o sucesso
Cresceu na rua, mas nasceu na tasca
Não tens acesso
Porque és só um cineasta

A melodia é do bandido
O ruído é bom e alivia
Banido do teu ouvido
Porque a tua dama me ouvia

Amado e compreendido
Pela forte minoria
Envolvido e decidido
Avançar com teimosia

Quem diria que o filho da Maria
Já lhe deu 3 netos
Perfeitos com alegria
Tão irrequietos

A pobreza já dizia
Que Riqueza é os afetos
Não vais passar da hipocrisia
Enquanto amares objetos

Certos que a vida magoa
E a água não é boa
E por mais que isso doa
Nós vamos sorrir

Porque eu já tenho a canoa
Três leões, uma leoa
Avisa o rocky balboa
Que dessa vez ele vai cair